POSTADO POR JONATAS JOSÉ SILVA
terça-feira, 27 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
Descobrindo a arte de Portinari
Caminhando até a exposição |
A exposição O Brasil de Portinari (Projeto Portinari- PUC-Rio) estava dividida em 6 módulos: Histórico, Paisagens e Animais, Cultura Brasileira, Social, Cenas Religiosas, Retratos e esteve entre os dias 08 e 19 de agosto disponível para visitação com orientação das profissionais do Projeto: Angélica e Mônica.
Professora Angélica |
A Casa de Cultura da Cidade de Deus abrigou as réplicas de obras do artista brasileiro Cândido Portinari oferecendo para os professores e interessados uma Capacitação sobre a Exposição que foi feita pela Gestora de Projetos Francisca Assis.
Entendendo a obra de Portinari |
POSTADO POR JONATAS JOSÉ SILVA
Entendendo melhor o PEJA..
Nossos alunos executando atividades |
O PEJA está baseado na seguinte estruturação:
a. ensino não-seriado, acelerativo e progressivo, realizado de forma presencial, em horário noturno, distinto do ensino supletivo e do regular noturno;
b. cada turma deveria ter no máximo 25 alunos e cada unidade escolar, mínimo de 100 alunos;
c. organizado em dois segmentos: PEJA I, correspondendo ao 1º segmento do EF, e PEJA II correspondendo ao 2º segmento, cada segmento desdobrado em dois blocos;
d. PEJA I atenderia jovens de 14 a 22 anos iniciados no Bloco 1 na alfabetização, entendida como capacidade de relacionar texto e contexto, mantendo-se a presença das diversas áreas do conhecimento, numa abordagem interdisciplinar e introdutória; no Bloco 2, essas áreas começariam a ser trabalhadas em suas especificidades;
e. PEJA II atenderia jovens de 14 a 25 anos, que não concluíram o EF, também em dois blocos, com 870 horas cada, cabendo a cada componente curricular 60 horas em cada unidade de progressão, perfazendo 180 horas no bloco;
f. Linguagens Artísticas e Línguas Estrangeiras seriam oferecidas com carga horária de 150 horas, a primeira no Bloco 1 e a segunda no 2.
a. organização do trabalho em dias-aula em substituição às horas-aula;
b. avaliação participativa e continuada, feita pelo coletivo de professores, considerando as aquisições e mudanças de comportamento dos alunos tendo as escolas autonomia para criar formas diferenciadas de avaliação;
c. ausência da reprovação convencional: os alunos avançariam à medida em que atingissem os objetivos previstos;
d. cada bloco seria constituído por três unidades de progressão, permitindo ser o curso concluído em 22 meses;
e. manutenção do mesmo professor nas três unidades de progressão de cada bloco, garantindo a continuidade de trabalho com o aluno;
f. recuperação paralela diária para todos os alunos que apresentassem dificuldade;
g. elaboração de material próprio para cada componente curricular, reproduzido para cada aluno, e utilização de fitas de vídeo da MultiRio e da Fundação Roberto Marinho, como instrumentos de apoio;
h. implantação de centros de estudos para os professores.
Fonte:
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (PEJA)
FAVERO, Osmar. Programa de Pós-Graduação em Educação/UFF
BRENNER, Ana Karina. Programa de Pós-Graduação em Educação/UFF
GT: Educação de Jovens e Adultos / n. 18
Agência Financiadora: FAPERJ
Fonte:
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (PEJA)
FAVERO, Osmar. Programa de Pós-Graduação em Educação/UFF
BRENNER, Ana Karina. Programa de Pós-Graduação em Educação/UFF
GT: Educação de Jovens e Adultos / n. 18
Agência Financiadora: FAPERJ
POSTADO POR JONATAS JOSÉ SILVA
ECOTESTE
Educando para além dos muros da escola |
Exercitando a reflexão.. |
Essa atividade foi executada com a finalidade de permitir uma maior contextualização de alguns conteúdos discutidos durante as aulas de Ciências, como saneamento básico, poluição, doenças de transmissão hídrica, biodiversidade, cidadania e meio ambiente. Através de um questionário fechado os alunos realizaram uma observação atenta acerca das condições ambientais do rio que se encontra próximo a Unidade Escolar.
Este tipo de atividade é importante porque permite que os estudantes tenham um outro olhar diante do entorno, de forma reflexiva, buscando entender os problemas que fazem parte da sua comunidade e tentando apontar soluções passíveis de aplicação .
Educação ativa e participante |
Desenvolvendo a consciência ambiental de nossos alunos |
ECOTESTE*
1-O que existe em maior quantidade em volta do rio/da lagoa?
a-vegetação natural
b-plantações, criação de animais, capim ou grama.
c-casas, lojas ou industrias.
2-Como a mata ciliar é composta?
a-de muitas plantas de espécies diferentes.
b-de poucas plantas de espécies diferentes.
c-quase não há plantas
3-Existe erosão (desgaste do solo) nas margens?
a-não b-pouca c-muita
4-Existe assoreamento (acúmulo de terra no fundo do rio/da lagoa?
a-não
b-pouco, alterando apenas a composição do fundo do rio/da lagoa.
c-muito, chegando a diminuir o espelho d’água.
5-Existe lixo na margem?
a-não b-pouco c-muito
6-Existe esgoto? (observar se existem canos ou tubos desembocando no rio/na lagoa.
a-não b-pouco c-muito
7-Como é a transparência da água?
a-a água é clara. b-a água é um pouco escura. c-a água é muito escura (turva).
8-A água tem cheiro?
a-não. b-o cheiro é fraco. c-o cheiro é forte.
9-Como é a diversidade de habitats (a quantidade de ambientes) dentro do rio/da lagoa para os organismos aquáticos?
a-muito diversificado, com pedras de vários tamanhos, troncos de árvores, plantas aquáticas, folhas, etc.
b-mais ou menos diversificado.
c-pouco diversificado, com apenas um ou dois tipos diferentes de habitats.
10-Como é a diversidade de animais dentro do rio/lagoa e no seu entorno?
a-existem várias espécies de animais diferentes.
b-existem poucas espécies de animais diferentes.
c-quase não há animais ou há muitos de uma mesma espécie.
11-Como é a diversidade de plantas aquáticas?
a-existem vários tipos de plantas aquáticas.
b-existem poucas plantas aquáticas.
c-não existem plantas aquáticas ou existem grandes quantidades de um único tipo.
12-Existem ações/projetos sendo realizados que contribuam para a melhoria das condições ambientais do local?
a-há ações/projetos e eles são eficazes.
b-há ações/projetos, mas não estão sendo eficazes.
c-não há ações/projetos em realização.
*Publicado na revista Ciencia Hoje.
POSTADO POR JONATAS JOSÉ SILVA
ARTE E EDUCAÇÃO NO PEJA
"A arte constantemente abre portas para um caminho onde o impossível não existe. Trabalhar a arte dá possibilidades de improvisar, transformar, ir além da superficialidade, entrelaçar os conhecimentos, em suma, entrar no terreno criativo da condição humana.
Esta manifestação dinâmica confere às artes uma importância que vai além de disciplina no currículo escolar, pois é produto íntimo da formação humana. O sujeito percebe a sensibilidade da humanidade quando tem a arte como algo significativo em sua educação."
Trabalhando com as cores na aula de Ciências |
Exercitando a concentração e a criatividade |
"Por que não podemos fazer de nossas vidas uma verdadeira obra de arte? Cada qual a esculpindo e pintando-a a sua maneira? A imagem deve ser vista e interpretada fazendo uso de reflexões mais subjetivas e não apenas como reflexo do real. Tendo assim um olhar mais abrangente e com mais possibilidades de interação."
Foucault
Imagens e letras são parentes consanguíneos (Gombrich) |
Parte integrante da civilização, a arte é presente quando ainda não se fazia uso da linguagem textual. |
Expressões visuais podem ser uma ótima ferramenta no processo de aprendizagem |
Postado por Jonatas José Silva
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
PROEJA - Pedro II
Alunos concluintes do PEJA! Excelente oportunidade !!!! Ensino gratuito com direito ao RioCard e bolsa ajuda (R$100,00)
O Colégio Pedro II oferece, para jovens e adultos que têm mais de 18 anos, com fundamental completo, mas que ainda não tiveram a oportunidade de concluir o Ensino Médio, a possibilidade de frequentarem o PROEJA.
O PROEJA oferece o curso de Ensino Médio regular mais formação técnica, no caso da unidade Engenho Novo, na modalidade de informática, mas outras unidades oferecem outros cursos (está tudo no edital no site do colégio).
O curso é realizado em três anos, gratuitamente, à noite, e os alunos participantes recebem RIOCARD e uma bolsa ajuda mensal de R$100,00).
As inscrições estão abertas e só serão feitas pela internet.
A seleção é através de prova, de português e matemática e o objetivo do projeto é incluir.
Acreditem algumas unidades não conseguem formar mais de uma turma, o que é uma pena.
Todas as informações estão no site do colégio, no endereço (www.cp2.g12.br <http://www.cp2.g12.br/>),
POSTADO POR JONATAS JOSÉ SILVA
FACHADA DO COLÉGIO PEDRO II |
ATENÇÃO COM O PRAZO DE INCRIÇÃO: incrições vão só até o dia 10 de outubro.
domingo, 11 de setembro de 2011
Da cabeça ao caderno
Encaminhar a passagem do cálculo mental para o registro em conta armada é uma das tarefas essenciais na Educação de Jovens e Adultos
Durante uma pesquisa sobre as razões do fracasso escolar em Matemática, alunos do Ensino Fundamental foram sabatinados sobre seus conhecimentos da disciplina. Primeiro, eles passaram por uma prova oral: o entrevistador propunha questões sobre transações realizadas na feira, na barraca de frutas, no carrinho de pipoca etc. Por exemplo: quanto custam seis cocos? Qual é o troco se um freguês lhe dá 20 reais? A moçada se saiu muito bem, acertando 97% dos testes. Mas quando se pedia que resolvessem contas parecidas no caderno... quanta diferença! O índice de respostas corretas caía para 59%. Esses jovens tinham em comum o fato de ser pobres e ajudar os pais em algum negócio próprio.
Embora realizado com adolescentes, esse clássico estudo publicado no livro Na Vida, Dez, Na Escola, Zero ilustra bem a realidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA): alunos que precisam da Matemática no dia-a-dia fazem muito bem contas "de cabeça", mas têm uma tremenda dificuldade em passar o raciocínio para o papel. Como explicar essa contradição? A professora da Universidade de São Paulo Stela Bertholo Piconez, especialista em EJA, arrisca a resposta: "Cérebro nenhum pede licença para aprender". Isso quer dizer que, independentemente do grau de escolarização, boa parte dos jovens e adultos possui noções matemáticas. "É um saber nascido dos desafios mentais impostos pelo cotidiano. Muitos se esquecem de que essas pessoas conseguem dividir um salário mínimo de 415 reais pelos 30 dias do mês", provoca Stela (leia seqüência didática abaixo que utiliza o contracheque para reforçar o aprendizado da adição e da subtração).
Isso, claro, não significa que Matemática se aprenda apenas na base da intuição. "A construção do pensamento matemático exige conhecimento dos fundamentos da disciplina. Só assim os estudantes conseguem aceitar explicações e explicitar os próprios raciocínios", ressalta Priscila Monteiro, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. É preciso ter isso em mente no ensino dos quatro blocos em que a disciplina se organiza: medidas, geometria, introdução à estatística e números e operações. Mas é no momento de abordar o cálculo (um dos conteúdos de números e operações) que essa perspectiva se faz mais necessária.
Buscando sentido
Tido como um dos conteúdos mais valorizados no ensino de Matemática em EJA, o algoritmo (conta armada) é muitas vezes ensinado de forma mecânica. Mas, para que o aprendizado dessa técnica realmente faça sentido para os alunos, o ideal é começar o trabalho aprimorando os procedimentos mentais de resolução. "A partir daí, cada estudante deve construir o próprio percurso até os algoritmos, compreendendo de fato as propriedades da conta armada e reconhecendo quando é mais vantajoso usá-la", argumenta Priscila. É dos caminhos para conseguir esse avanço que esta reportagem trata.
Antes de mergulhar de cabeça em cálculos mentais ou escritos, vale investir um certo tempo investigando quanto a classe já sabe. Para apresentar a disciplina de forma natural e adaptada ao mundo adulto, o ajuste das propostas usadas na Educação "regular" é essencial. "O que faço com minhas turmas é começar com materiais reais em que os números estejam presentes, como encartes de ofertas de supermercado ou a tabela
de classificação do Campeonato Brasileiro", afirma Iara Silva Lucio, mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e alfabetizadora de EJA na rede municipal de Belo Horizonte.
Um segundo conselho é evitar o "matematiquês". "Na vida real, ninguém 'efetua' nada, e 'operação' é de estômago ou de catarata", brinca Stela Piconez. Para evitar essa enrascada, abuse dos sinônimos. Por que não ler a questão dizendo "realize" e "faça a conta"?
O diagnóstico inicial também ajuda a identificar que conteúdos devem ser enfatizados antes do ensino dos algoritmos. Ao pedir que a turma escreva um número, podem-se encontrar, por exemplo, registros como este ao lado.
Essa escrita traz uma hipótese de pensamento apoiada na organização da numeração oral - ou seja, o número foi representado quase como se fala. O problema é que a escrita matemática funciona pela organização posicional, gerando uma contradição. "Em vez de recorrer ao método de riscar o jeito errado e fazer o aluno copiar o certo, o professor deve reconhecer que a hipótese tem lógica. Mas precisa explicar que, por não ser o jeito como todos escrevem, pode haver confusão: alguém pode ler trezentos mil, quinhentos e seis", afirma Iara.
Encontro de trajetórias
O que o professor provavelmente vai descobrir é um grupo heterogêneo, composto por pessoas de diferentes graus de escolaridade e habilidades matemáticas. Assim é a classe de 3º ano do Colégio Imaculada Conceição, em Belo Horizonte. Um dos alunos, o pedreiro Custódio Carreiro de Jesus, 59 anos, já sabia fazer cálculos mentais simples, mas não registrava as contas em papel. Num estágio mais próximo do convencional está sua colega Maria das Graças Gomes, 41 anos. Por ter concluído a 4ª série, a doméstica já possuía algum domínio da matemática formal. "Como sou vendedora autônoma de cosméticos, usava a conta armada para saber quanto as pessoas estavam me devendo. Mas não tinha muita segurança, principalmente nas contas de menos em que tinha de 'pedir emprestado'", relembra.
Alunos com níveis de conhecimento distintos representam uma oportunidade interessante: abre-se a porta para comparar estratégias de resolução. Aproveitando-se dessa saudável diferença, Alessandra Rodrigues de Paula, professora de Custódio e Maria das Graças, incentiva o trabalho em grupos, momento de debate de idéias para chegar a uma resposta. Depois, a fim de enfatizar a variedade de formas de solução, Alessandra coleta as hipóteses que surgem. Se a proposta for realizar uma multiplicação simples podem aparecer registros como este ao lado.
Aqui, o que o aluno fez foi escrever o caminho mental usado para resolver a situação, o reagrupamento de somas sucessivas. Ainda que não seja o algoritmo escolar, a capacidade de passar o pensamento para o caderno deve ser valorizada. "Podem aparecer outras formas que devem ser compreendidas conversando sobre o que está escrito e procurando identificar as propriedades matemáticas que apóiam o cálculo", diz Lucillo de Souza Junior, professor da rede municipal de Vila Velha, na Grande Vitória. Autor de um artigo sobre a apropriação dos códigos formais em Matemática, ele leva ao quadro as estratégias que surgem na classe. "O aluno percebe a validade de seu raciocínio e, ao mesmo tempo, toma contato com formas diferentes (e mais rápidas) de solucionar a questão."
Descobrir o saber
Com as estratégias lado a lado, o professor deve indicar as vantagens de cada método. No caso do algoritmo, sua força vem do fato de permitir a obtenção de um resultado independentemente dos números envolvidos - lembre que agrupamento, estimativa e outras táticas não servem para todas as ocasiões. Com o tempo, para aperfeiçoar a passagem do cálculo mental para a conta armada, é possível pedir ao estudante que tente reduzir o registro, aplicando soluções que economizem tempo.
No caso dos alunos da professora Alessandra, a receita tem dado um bom resultado. Maria das Graças não pede mais ajuda à filha da patroa para fazer subtrações. "Minha lista de dívidas está bem mais arrumada. Agora não perco dinheiro pela desorganização", orgulha-se. E o pedreiro Custódio já não precisa calcular quantas pedras de granito cabem num ambiente na base do olhômetro. "Faço as contas antes no caderno e compro sempre a quantidade correta de peças", comemora. A próxima aventura é o aprendizado da multiplicação. Com paciência e persistência, eles vão chegar lá.
Retirado da Revista Nova Escola por Rodrigo Ratier
Postado por Carlos Tavares
Durante uma pesquisa sobre as razões do fracasso escolar em Matemática, alunos do Ensino Fundamental foram sabatinados sobre seus conhecimentos da disciplina. Primeiro, eles passaram por uma prova oral: o entrevistador propunha questões sobre transações realizadas na feira, na barraca de frutas, no carrinho de pipoca etc. Por exemplo: quanto custam seis cocos? Qual é o troco se um freguês lhe dá 20 reais? A moçada se saiu muito bem, acertando 97% dos testes. Mas quando se pedia que resolvessem contas parecidas no caderno... quanta diferença! O índice de respostas corretas caía para 59%. Esses jovens tinham em comum o fato de ser pobres e ajudar os pais em algum negócio próprio.
Embora realizado com adolescentes, esse clássico estudo publicado no livro Na Vida, Dez, Na Escola, Zero ilustra bem a realidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA): alunos que precisam da Matemática no dia-a-dia fazem muito bem contas "de cabeça", mas têm uma tremenda dificuldade em passar o raciocínio para o papel. Como explicar essa contradição? A professora da Universidade de São Paulo Stela Bertholo Piconez, especialista em EJA, arrisca a resposta: "Cérebro nenhum pede licença para aprender". Isso quer dizer que, independentemente do grau de escolarização, boa parte dos jovens e adultos possui noções matemáticas. "É um saber nascido dos desafios mentais impostos pelo cotidiano. Muitos se esquecem de que essas pessoas conseguem dividir um salário mínimo de 415 reais pelos 30 dias do mês", provoca Stela (leia seqüência didática abaixo que utiliza o contracheque para reforçar o aprendizado da adição e da subtração).
Isso, claro, não significa que Matemática se aprenda apenas na base da intuição. "A construção do pensamento matemático exige conhecimento dos fundamentos da disciplina. Só assim os estudantes conseguem aceitar explicações e explicitar os próprios raciocínios", ressalta Priscila Monteiro, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. É preciso ter isso em mente no ensino dos quatro blocos em que a disciplina se organiza: medidas, geometria, introdução à estatística e números e operações. Mas é no momento de abordar o cálculo (um dos conteúdos de números e operações) que essa perspectiva se faz mais necessária.
Buscando sentido
Tido como um dos conteúdos mais valorizados no ensino de Matemática em EJA, o algoritmo (conta armada) é muitas vezes ensinado de forma mecânica. Mas, para que o aprendizado dessa técnica realmente faça sentido para os alunos, o ideal é começar o trabalho aprimorando os procedimentos mentais de resolução. "A partir daí, cada estudante deve construir o próprio percurso até os algoritmos, compreendendo de fato as propriedades da conta armada e reconhecendo quando é mais vantajoso usá-la", argumenta Priscila. É dos caminhos para conseguir esse avanço que esta reportagem trata.
Antes de mergulhar de cabeça em cálculos mentais ou escritos, vale investir um certo tempo investigando quanto a classe já sabe. Para apresentar a disciplina de forma natural e adaptada ao mundo adulto, o ajuste das propostas usadas na Educação "regular" é essencial. "O que faço com minhas turmas é começar com materiais reais em que os números estejam presentes, como encartes de ofertas de supermercado ou a tabela
de classificação do Campeonato Brasileiro", afirma Iara Silva Lucio, mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e alfabetizadora de EJA na rede municipal de Belo Horizonte.
Um segundo conselho é evitar o "matematiquês". "Na vida real, ninguém 'efetua' nada, e 'operação' é de estômago ou de catarata", brinca Stela Piconez. Para evitar essa enrascada, abuse dos sinônimos. Por que não ler a questão dizendo "realize" e "faça a conta"?
O diagnóstico inicial também ajuda a identificar que conteúdos devem ser enfatizados antes do ensino dos algoritmos. Ao pedir que a turma escreva um número, podem-se encontrar, por exemplo, registros como este ao lado.
Essa escrita traz uma hipótese de pensamento apoiada na organização da numeração oral - ou seja, o número foi representado quase como se fala. O problema é que a escrita matemática funciona pela organização posicional, gerando uma contradição. "Em vez de recorrer ao método de riscar o jeito errado e fazer o aluno copiar o certo, o professor deve reconhecer que a hipótese tem lógica. Mas precisa explicar que, por não ser o jeito como todos escrevem, pode haver confusão: alguém pode ler trezentos mil, quinhentos e seis", afirma Iara.
Encontro de trajetórias
O que o professor provavelmente vai descobrir é um grupo heterogêneo, composto por pessoas de diferentes graus de escolaridade e habilidades matemáticas. Assim é a classe de 3º ano do Colégio Imaculada Conceição, em Belo Horizonte. Um dos alunos, o pedreiro Custódio Carreiro de Jesus, 59 anos, já sabia fazer cálculos mentais simples, mas não registrava as contas em papel. Num estágio mais próximo do convencional está sua colega Maria das Graças Gomes, 41 anos. Por ter concluído a 4ª série, a doméstica já possuía algum domínio da matemática formal. "Como sou vendedora autônoma de cosméticos, usava a conta armada para saber quanto as pessoas estavam me devendo. Mas não tinha muita segurança, principalmente nas contas de menos em que tinha de 'pedir emprestado'", relembra.
Alunos com níveis de conhecimento distintos representam uma oportunidade interessante: abre-se a porta para comparar estratégias de resolução. Aproveitando-se dessa saudável diferença, Alessandra Rodrigues de Paula, professora de Custódio e Maria das Graças, incentiva o trabalho em grupos, momento de debate de idéias para chegar a uma resposta. Depois, a fim de enfatizar a variedade de formas de solução, Alessandra coleta as hipóteses que surgem. Se a proposta for realizar uma multiplicação simples podem aparecer registros como este ao lado.
Aqui, o que o aluno fez foi escrever o caminho mental usado para resolver a situação, o reagrupamento de somas sucessivas. Ainda que não seja o algoritmo escolar, a capacidade de passar o pensamento para o caderno deve ser valorizada. "Podem aparecer outras formas que devem ser compreendidas conversando sobre o que está escrito e procurando identificar as propriedades matemáticas que apóiam o cálculo", diz Lucillo de Souza Junior, professor da rede municipal de Vila Velha, na Grande Vitória. Autor de um artigo sobre a apropriação dos códigos formais em Matemática, ele leva ao quadro as estratégias que surgem na classe. "O aluno percebe a validade de seu raciocínio e, ao mesmo tempo, toma contato com formas diferentes (e mais rápidas) de solucionar a questão."
Descobrir o saber
Com as estratégias lado a lado, o professor deve indicar as vantagens de cada método. No caso do algoritmo, sua força vem do fato de permitir a obtenção de um resultado independentemente dos números envolvidos - lembre que agrupamento, estimativa e outras táticas não servem para todas as ocasiões. Com o tempo, para aperfeiçoar a passagem do cálculo mental para a conta armada, é possível pedir ao estudante que tente reduzir o registro, aplicando soluções que economizem tempo.
No caso dos alunos da professora Alessandra, a receita tem dado um bom resultado. Maria das Graças não pede mais ajuda à filha da patroa para fazer subtrações. "Minha lista de dívidas está bem mais arrumada. Agora não perco dinheiro pela desorganização", orgulha-se. E o pedreiro Custódio já não precisa calcular quantas pedras de granito cabem num ambiente na base do olhômetro. "Faço as contas antes no caderno e compro sempre a quantidade correta de peças", comemora. A próxima aventura é o aprendizado da multiplicação. Com paciência e persistência, eles vão chegar lá.
Retirado da Revista Nova Escola por Rodrigo Ratier
Postado por Carlos Tavares
Ótima Oportunidade !!!
Fundação Nestlé promove capacitação para moradores da Cidade de Deus.
A Fundação Nestlé Brasil irá qualificar jovens moradores da Cidade de Deus como vendedores ou comerciantes, em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Direitos Humanos (SEASDH) e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin). O curso, que é gratuito, tem início em 19 de setembro e capacitará os alunos a traçar planos de negócio, técnicas de venda, gestão de pessoas, ética e cidadania, além de dicas sobre financiamento e microcrédito. Os interessados em participar precisam ter mais de 18 anos e devem se inscrever no Centro de Referência da Juventude --CRJ na Rua José de Arimotéia, no. 80 até o dia 14 de setembro. A qualificação para vendedores tem 18 horas/aula e para comerciantes 22 horas/aula. A ação está alinhada ao conceito de Criação de Valor Compartilhado – plataforma mundial de responsabilidade social da Nestlé, que visa aliar o desenvolvimento sustentável do negócio à geração de valor para as comunidades onde a empresa está presente.
A Fundação Nestlé Brasil irá qualificar jovens moradores da Cidade de Deus como vendedores ou comerciantes, em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Direitos Humanos (SEASDH) e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin). O curso, que é gratuito, tem início em 19 de setembro e capacitará os alunos a traçar planos de negócio, técnicas de venda, gestão de pessoas, ética e cidadania, além de dicas sobre financiamento e microcrédito. Os interessados em participar precisam ter mais de 18 anos e devem se inscrever no Centro de Referência da Juventude --CRJ na Rua José de Arimotéia, no. 80 até o dia 14 de setembro. A qualificação para vendedores tem 18 horas/aula e para comerciantes 22 horas/aula. A ação está alinhada ao conceito de Criação de Valor Compartilhado – plataforma mundial de responsabilidade social da Nestlé, que visa aliar o desenvolvimento sustentável do negócio à geração de valor para as comunidades onde a empresa está presente.
Mais informações: CDN Comunicação Corporativa
Luciane Gellermann – (11) 3643-2768 – luciane@cdn.com.brAna Carolina Patrão – (11) 3643-2741 – ana.patrao@cdn.com.br
Relações com a Imprensa Nestlé Brasil
Rafael Ribella – (11) 5508-1631 – rafael.ribella@br.nestle.comClaudia Galli - (11) 5508 – 9396 – claudia.galli@br.nestle.com Anahi Guedes – (11) 5508-9395 – anahi.guedes@br.nestle.com
Luciane Gellermann – (11) 3643-2768 – luciane@cdn.com.brAna Carolina Patrão – (11) 3643-2741 – ana.patrao@cdn.com.br
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Postado por Carlos Tavares
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
DICA LEGAL!!!
A Secretaria de Estado de Cultura, do Governo do Rio de Janeiro, está disponibilizando ingressos para a peça DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS, no Teatro João Caetano, como parte do programa FORMAÇÃO DE PLATÉIA.Temos 50 convites por sessão para serem distribuídos para escolas, ongs, instituições sociais..... de todo o estado do Rio de Janeiro. O agendamento será realizado por ordem de chegada dos e-mails. Dias das Apresentações: Sexta, Sábado e Domingo - de 10/09/2011 a 09/11/2011.
Horário das Apresentações:
CONTATO:
Andréa Barrosoandrea.culturarj@gmail.com
Vadinho (Marcelo Faria), o primeiro marido de Dona Flor (Carol Castro), morre fantasiado de baiana em pleno carnaval. O motivo: excesso de folia. Vadinho tinha suas raízes cravadas na vadiagem. Estava longe de ser o marido ideal. Mas, apesar disso, era um homem bem humorado e maravilhoso, um mestre na cama, um malandro capaz de grandes gestos. O sofrimento de Flor é grande. Mas é preciso esquecer, e ela se casa com Teodoro Madureira (Duda Ribeiro), farmacêutico respeitado e amante da música clássica. Ele é o oposto de Vadinho: caseiro, zeloso e fiel. Homem metódico. Após um ano de casamento, vivendo numa paz estável (mais tediosa), acontece algo inesperado para Flor: o fantasma de Vadinho aparece, deitado em sua cama, para satisfazer os desejos que ficaram à flor da pele desde a sua morte. Seduzida pelo fantasma de Vadinho, Flor vive um triângulo amoroso. Dona Flor encontra o ideal do homem em dois maridos: um oferece a sensualidade, já o outro é amável e fiel. Seria ela imoral, amoral ou apenas uma mulher em busca de tudo aquilo que todas sonham: a combinação perfeita entre o prazer moleque e a segurança da maturidade? A história termina com Flor andando feliz com Teodoro e Vadinho nú ao seu lado, pelas ruas de Salvador.
Horário das Apresentações:
- 6ª feiras – às 20:00h –
- Sábados – às 21:00h
- Domingos – às 19:00h
Faixa etária: 14 anos – Não será permitida entrada de menores de 14 anos, espetáculo tem cenas de nudez.
Para conseguir os ingressos é necessário:
- entrar em contato conosco – por telefone ou email – para um pré-agendamento do dia e quantidade de convites desejados
- com antecedência mínima de 4 dias do espetáculo, enviar uma solicitação dos ingressos através de uma carta ou email oficial da instituição, onde deve constar a listagem com os nomes e sobrenomes dos convidados, dia e hora do espetáculo, o nome e dados da instituição e do responsável que irá retirar os ingressos no Teatro, telefones e emails de contato direto do responsável.
- precisamos também que os responsáveis, caso não recebam nenhuma confirmação até a véspera do espetáculo agendado, entrem em contato conosco para ratificar a reserva e a quantidade de ingressos disponíveis conforme o pré-agendamento.
Quem não seguir as regras acima, Não conseguirá realizar seu agendamento.
CONTATO:
Andréa Barrosoandrea.culturarj@gmail.com
21 9202 3433 / 24 8832 7922
Ficha Técnica:
Autoria: Jorge Amado
Direção: Pedro Vasconcelos
Elenco: Carol Castro, Marcelo Faria, Duda Ribeiro e grande elenco
Sinopse:
Atriz Carol Castro no elenco da peça |
Serviço:
Classificação indicativa:14 anos
Duração do espetáculo: 2 horas, sem intervalo
domingo, 4 de setembro de 2011
Parabéns Professor Carlos Santana
No dia 01 de Agosto nossos alunos fizeram uma breve confraternização, em homenagem ao aniversário de nosso querido professor Carlos Santana.
Nossa equipe ficou satisfeita com a iniciativa, que partiu dos próprios alunos. É interessante ressaltar que, momentos como esse possibilitam não só uma maior integração entre nossos alunos, como também com a equipe docente.
Capacitação de professores do PEJA
Prof. Maria Elena Viana Souza, da UNIRIO |
No dia 02 de Agosto nossos professores Carlos Santana (Geografia/História) e Jonatas José Silva (Ciências) participaram do Seminário: AS IDENTIDADES, AS DIFERENÇAS E A INCLUSÃO SOCIAL: A VALORIZAÇÃO DAS HISTÓRIAS E CULTURAS AFRICANAS, AFRO-BRASILEIRAS E INDÍGENAS. A atividade foi uma iniciativa da Gerência de Desenvolvimento de Recursos Humanos – E/SUBG/CRH/GDRH (SME) e contou com a participação de diversos Coordenadores Pedagógicos e Professores Regentes I e II. O local de realização foi a Universidade Estácio de Sá, em Campo Grande.
Nossos professores assistiram a Palestra: Diálogos com a Lei 10.639/03: a promoção das relações étnico-raciais na educação, que teve como dinamizadora a professora Maria Elena Viana Souza, da UNIRIO.
Foram discutidos no encontro:
Profs. Jonatas José Silva, Maria Elena e Carlos Santana |
- Princípios que devem conduzir a consciência política e histórica da diversidade;
- O fortalecimento de identidades e de direitos;
- Ações educativas de combate ao racismo e a discriminações.
Postado por Jonatas José Silva
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